domingo, 16 de outubro de 2011

Atlas digital de efusões cavitárias

Efusão é o acúmulo anormal de líquido em um “potencial” espaço corporal, fora dos vasos sanguíneos ou linfáticos e das vísceras. Não é uma doença propriamente dita, mas antes a indicação de um processo patológico no sistema de produção ou remoção de líquido ou acúmulo a partir de uma fonte ectópica. É um processo freqüente na rotina da clínica veterinária de pequenos animais, derivando principalmente de lesões traumáticas, neoplásicas, metabólicas e inflamatórias. Podem ser classificadas em três formas (baseadas em suas concentrações de proteína, contagem celular e aparência microscópica): transudatos, transudatos modificados e exsudatos. A avaliação dos derrames cavitários é classicamente realizada por meio de exame citológico, a partir de esfregaços obtidos de amostras colhidas por punção aspirativa.
A avaliação das efusões se baseia nos exames físico, bioquímico, na contagem das células e no exame citológico, no qual é realizada a diferenciação e determinação do predomínio celular, avaliação da integridade celular, de sua morfologia em casos de neoplasias e quanto à presença de bactérias e microorganismos. Desse modo, é essencial o conhecimento do processamento laboratorial dessas amostras, suas características e dos principais elementos e células que podem estar presentes para sua correta avaliação e orientação visando o diagnóstico e conseqüente terapêutica adequada. 
Para esse fim, foi montado esse atlas digital a partir de lâminas de efusão do HUVET, para facilitar e complementar o estudo da disciplina. As imagens a seguir contém elementos que poderão ser observados durante a avaliação citológica, juntamente com uma legenda e breve explicação quando for necessário.

Células sanguíneas e infecções bacterianas
 Hemácias


Hemácias de aspecto normal

Células inflamatórias

Células inflamatórias. Pode-se observar grande predominância de neutrófilos não-degenerados, bem como um monócito no canto superior esquerdo e um linfócito no canto inferior direito.
Células inflamatórias. Pode-se observar grande predominância de neutrófilos não-degenerados. Nota-se a presença de uma célula epitelial no canto inferior direito, que pode ser diferenciada das demais pelo seu tamanho e citoplasma eosinofílico.

 Pode-se observar três neutrófilos. O neutrófilo localizado na porção superior se encontra em processo de apoptose; o núcleo apresenta-se fragmentado em grânulos no citoplasma, e com distribuição irregular de cromatina, caracterizando uma cariorrexe.

Neutrófilo antigo. Pode se apresentar, como na foto acima, como estrias conectando os diferentes lóbulos nucleares, ou ainda como hipersegmentação nuclear.

Monócito em processo de fagocitose de um neutrófilo, chamado leucófago. Pode ser diferenciado da sobreposição de células pelo achatamento do núcleo do monócito.

Monócito em processo de fagocitose do que parece ser uma hemácia.

Processo de formação de um granuloma. Células inflamatórias epitelióides isolando e fagocitando um grupo de células inflamatórias, como é evidenciado pelos núcleos degenerados no interior.

Colônia de bacilos. A presença de algumas bactérias na lâmina não indica necessariamente uma efusão séptica, pois pode ser proveniente de contaminação da lâmina ou do corante.


Neutrófilos degenerados com bactérias fagocitadas em seu citoplasma.

             Figuras de mitose
             Células em processo de mitose podem ser encontradas nas efusões cavitárias, principalmente qaundo há células mesoteliais, que são altamente reativas. No entanto são achados raros, e a presença de grande quantidade dessas células pode indicar m processo neoplásico.





             Neoplasias
             "A neoplasia é uma massa anormal de tecido, cujo crescimento excede e é descoordenada com a dos tecidos normais e persiste na mesma maneira excessiva após a cessação do estímulo que provocou a mudança"
            As neoplasias geralmente são classificadas em benignas ou malignas de acordo com fatores como diferenciação celular (em relação ao tecido de origem), ritmo de crescimento, invasão local e presença de metástase. Entretanto, as células neoplásicas de ambos os grupos apresentam características em comum que permitem sua identificação nas efusões.

             Características gerais
  • Anisocitose e macrocitose - respectivamente, células com volumes variados ou aumentado

 Macrocitose e anisocitose. Diagnóstico de histiocitoma, uma neoplasia benigna da linhagem dos monócitos.

 Macrocitose. Diagnóstico de carcinoma.

Macrocitose e anisocitose acentuadas, com grande variação entre os volumes celulares. Diagnóstico de histiocitoma.
 
  • Hipercelularidade  
Quantidade anormal de células mesoteliais no campo. Diagnóstico de mesotelioma.
  
  • Pleomorfismo - Variabilidade no formato celular   

Histiocitoma.

Histiocitoma

Histiocitoma

  • "Borda em escova"
Mesotelioma.
 
Histiocitoma.

Mesotelioma.
 
              Características nucleares
  • Anisocariose - (variação do tamanho nuclear) e macrocariose (aumento do tamanho nuclear); em alguns tumores malignos, principalmente nos carcinomas, pode haver macronúcleos, que por vezes são maiores do que células inteiras da mesma população.
  • Multinucleação - células com vários tipos podem ser encontradas em qualquer tipo de tumor maligno; ocorre quando há divisão nuclear sem divisão celular. Geralmente há um número par de núcleos; um número ímpar indica uma divisão celular atípica.
  • Relação núcleo-citoplasma aumentada.
  • Nucléolos evidentes ou anormais - são normalmente pequenos e pouco visíveis. Nucléolos grandes (macronucléolo), com formato atipicamente angulado ou que variam em tamanho (anisonucleólise).
  • Mitoses anormais.
  • Cromatina nuclear imatura ou grosseira.
  • Arranjo nuclear anormal - grupos de células neoplásicas se distribuem de maneira irregular; com a perda da inibição por contato, os núcleos se tornam amontoados e empilhados. Em algumas ocasiões observa-se que o núcleo de uma célula deforma-se ao redor do núcleo de outra célula (amoldamento nuclear).
Anisocitose. Na célula ao centro podemos identificar múltiplos nucléolos.

Histiocitoma. Núcleos com cromatina grosseira e cariorrexe (fragmentação nuclear). À esquerda das células com cariorrexe, há uma célula com macronucléolo.

Histiocitoma. Célula binucleada com cromatina grosseira ao centro.

Histiocitoma. Célula binucleada com cromatina grosseira ao centro. Pleomorfimo celular e anisocariose.

Mesotelioma. Células com cromatina grosseira e anisocariose.

Carcinoma. Célula binucleada.

Mesotelioma. Anisocariose e macrocariose.

Carcinoma. Célula neoplásica com borda em escova em processo de mitose.

Carcinoma. Célula binucleada.

Mesotelioma. Célula mesotelial trinucleada, indicando mitose atípica.

Mesotelioma. Distribuição celular irregular, com amontoamento dos núcleos.

Mesotelioma. Célula binucleada.

Mesotelioma. Célula binucleada.

Mesotelioma. Mitose atípica.

Mesotelioma. Célula binucleada.

Mesotelioma. Mitose atípica com distribuição desigual do citoplasma.

Mesotelioma. Célula binucleada, com múltiplos nucléolos no núcleo superior.


Histiocitoma. Macrocitose e anisocariose, com amoldamento nuclear. Cromatina grosseira.

Histiocitoma. Macrocitose, macrocariose e anisocariose. Cromatina grosseira.

Histiocitoma. Macrocitose, macrocariose e anisocariose. Nas células do centro pode-se observar um aumento na relação núcleo-citoplasma. Cromatina Grosseira.



quarta-feira, 12 de outubro de 2011

VÍDEO - AULA DAS TÉCNICAS HEMATOLÓGICAS PARA A REALIZAÇÃO DO HEMOGRAMA

Galera ,
O Laboratório Clínico Veterinário da UFF agora tem um canal no youtube que funcionará como uma ferramenta de busca rápida para o estudo na disciplina , auxiliando o estudo prático junto com as aulas práticas e as aulas de estudo.

http://www.youtube.com/user/Laboratoriovetuff?feature=mhee

Bom estudo!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Derrames cavitários

É o acúmulo de líquido nas cavidades.

Os liquídos se encontram divididos em 2 compartimentos

Extracelular : Plasma, liquído tissular, liquído transcelular
Intracelular : Fluxo constante.

Lei dos capilares ( Para manutenção do equilíbrio)

1) Pressão hidrostática capilar : -17mmHg (PHC)


2) Pressão das proteínas teciduais : -5mmHg (PPT)
   

3) Pressão Hidrotática tecidual:  - 6 mmHg (PHT)

4) Pressão oncótica das proteínas plasmáticas: 28mmHg (POPP)  

Obs: O sistema linfático também ajuda nesse processo de equilíbrio.

O somatório das forças é igua a ZERO.

Porque então ocorre o acúmulo de liquídos em cavidades????

1) Diminuição da pressão oncótica

Causas: Má nutrição, lesão hepática, perda de proteínas por parasitismo, IRC e Sidrome de má absorção.

2) Aumento da pressão hisdrotática

Causas: ICC, inflamação ou obstrução de vasos por neoplasias, compressão de vasos, hipertensão portal, aumento da resistência pulmonar e doença intestinal em equinos.

3) Aumento da permeabilidade capilar

Causas: Inflamação, Reações alérgicas, toxinas, venenos e queimaduras.

4)Obstrução Linfática

Causas: Linfanfite, linfadenoma, neoplasias, compressão, extirpação cirúrgica da cadeia linfática.

Colheita

Indicações:
Diagnóstico
Prognóstico
Terapêutico

Contra-indicações
Coagulopatias
Hepatoesplenomegalia

Acondicionamento

Um tubo com e outro sem EDTA
Envio deve ser imediato.

Técnicas de colheita

Paracentese abdominal

Material
Agulhas e seringas

Técnica
Tricotomia e antissepsia
Linha média( 2,5 -5 cm da cartilagem xifóide

Toracocentese

Material

Agulhas, seringas, válvula de três vias.

Técnica

Decúbito esternal ou estação

7 e 8 EIC em pequenos animais

8 e 9 EIC em grandes animais

Exame laboratorial

Exame físico

Volume:  Variável

Cor: Incolor, avermelhado, amarelo

Aspecto: Límpido ou turvo dependendo da celularidade

Densidade : < 1017

Coagulação: Negativa

Exame químico

pH: levemente alcalino
Ptns: refratometria (baixa concentração)
Glicose: similar ao sangue
Sangue oculto: negativo

Outros exames:

Uréia e creatinina
Triglicerídeos e colesterol
Bilirrubina

Exame Citológico:

É divido em duas partes

Contagem de células na câmara de neubauer:
Contagem de hemácias
Contagem de células nucleadas

Avaliação diferencial das células

Observa morfologia celular
Presença de bactérias
Diferencia acidente de punção

Classificação dos líquidos

Transudato
Formado pela diminuição da pressão oncótica
  • Límpido
  • Incolor
  • Densidade <1017
  • pH alcalino
  • Baixa celularidade CTCN <1500
  • Baixa Concentração de proteínas < 2,5 g/dL
  • Exame citológico: Presença de células mesoteliais,poucos neutrófilos e linfócitos, raros macrófagos e hemácias.

Exsudatos

Formado exclusivamente na inflamação onde há liberação de substâncias vaso ativas que aumentam a permeabilidade vascular e quimiotáticos que aumentam o número de células.

Podem ser : Sépticos ou assépticos.

  • Turvo
  • Rosa, âmbar, avermelhado
  • Concentração de ptns >3,0 g/dL
  • Densidade > 1020
  • pH ácido
  • CTCN > 7.000
  • Exame citológico com predomínio de neutrófilos, macrófagos e células mesoteliais reativas, bactérias podem estar presentes.
Transudato modificado

Formado pelo aumento da pressão hidrostática capilar e /ou obstrução do sistema linfático

  • Discreto a moderadamente turvo
  • Cor variável
  • Concentração de ptns entre 2,5 a 7,0 g/dL
  • CTCN 1000-7000
  • pH alcalino a ácido
  • Densidade entre 1017 e 1025
  • Exame citológico com predomínio de linfócitos, monócitos, células mesoteliais e hemácias.

Fluidos especiais 

Efusão quilosa

Extravassamento de linfa

  • Branco rosada
  • Concentração de Ptn 2,0-6,5 g/dL
  • CTCN 1000-17000
  • Concentração de triglicerídeos maior no líquido que no soro
  • Concentração de colesterol menor no líquido que no soro
  • Exame citológico predomínio de linfócitos, neutrófilos e macrofágos.

Efusão Pseudo quilosa

  • Branco leitosa.
  • Alta celularidade.
  • Concentração de triglicerídeos menor no líquido que no soro.
  • Concentração de colesterol maior no líquido que no soro.
  • Exame citológico predomínio de linfócitos, macrofágos e células mesoteliais.

Uroperitônio

Ruptura de bexiga, ureter ou rins.

  • Dosar creatinina e uréia tem que ser maior no líquido que no soro
  • Causa irritação

Peritonite biliar

Ruptura da vesícula ou ducto biliar

  • Alta concentração de proteínas
  • CTCN alta ou moderada
  • Concentração de bilirrubina maior no líquido que no soro.
Efusão hemorrágica x acidente de punção

 Após centrifugar
Permanece avermelhado x Sobrenadante claro, botão de hemácias
Eritro ou leucofagocitose
Sem plaquetas x presença de plaquetas
Não coagula x Coagula
Presença de hemossiderina



 Peritonite infecciosa felina

  • Alta concentração de proteínas
  • Viscoso
  • Incolor
  • CTCN baixa
  • Exame citológico com presença de neutrófilos degenerados, macrofágos, plasmócitos, células mesoteliais e linfócitos.(aguda)
  • Exame citológico com neutrófilos e outras células(crônica)

OBS: Além das caractéricas do líquido observar sempre a causa da  sua formação para poder classificá-lo de maneira correta.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Dosagens Bioquímicas

Os exames bioquímicos fornecem a concentração de enzimas, substratos ou eletrólitos no sangue do animal, informando ao clínico a situação de órgãos ou sistemas específicos.

É recomendável que o animal se encontre em jejum de 12 horas evitando-se a lipemia do soro e alterações durante as dosagens. Materiais hemolisados e ictéricos também pode acarretar em alterações que não condizem com o verdadeiro quadro do animal.

Podem ser utilizados dois métodos de dosagens bioquímicas o cinético e o colorimétrico.

Para dosagem de eletrólitos utiliza-se a fotometria de chama.

Reação Colorimétrica.


Método de análise quantitativa que se baseia na comparação da cor produzida por
uma reação química com uma cor padrão. De acordo com a intensidade da cor
produzida, infere-se a concentração do determinado analito (substância que se
quer analisar). O método mais seguro de se verificar a coloração de uma reação é
através do uso do espectrofotômetro, que compara a intensidade de cor com uma
cor padrão, chamada de “branco” (solução padrão em que o espectrofotômetro é
zerado). É o método mais usado em análises laboratoriais de bioquímica clínica.

Testes mais comuns: Úreia, Colesterol, Triglicerídeos, fósforo, Cálcio, Glicose, Proteína, Albumina.

Reação Cinética

Geralmente utilizado em reações em que o analito é uma enzima. A atividade da
enzima é analisada por meio da reação dela com um composto químico
denominado substrato. Essa reação gera um produto. Em geral, a reação é
acoplada a uma reação colorimétrica: à medida que a conversão enzimática se
processa e o produto é gerado, há mudança de cor que deve ser observada em
espectrofotômetro. Leituras sucessivas em intervalos de tempos iguais devem ser
feitas. Aos valores obtidos na leitura espectrofotométrica deve-se aplicar fatores
de correção que variam de acordo com o exame a ser realizado.

Teste mais comuns: ALT, AST, GGT, FA, Creatinina.



Aparelho semi automático 
Aparelho automático

terça-feira, 9 de novembro de 2010

URINÁLISE - Sedimentoscopia

É a análise do sedimento urinário
O primeiro passo é separar 5 mL de urina  em um tubo cônico e centrifuga-lo a 1.500 rpm durante 5 minutos.
Em seguida deve-se descartar o sobrenadante e aliquotar uma parte da amotras restante coloca-lá em uma lâmina com uma lamínula por cima e proceder com a sua observação no microcópio em objetiva de 40x.



Achados durante a análise do sedimento.

Células epiteliais de descamação

Vesicais : cistite, cateterização agressiva

 Uretrais : uretrite, cateterização agressiva

Renais: - degeneração tubular aguda
              - intoxicação renal
              - isquemia renal
              - processo inflamatório

 Pelve : pielite, pielonefrite.

Tumorais : diagnóstico por morfologia citológica do sedimento.

Hemácias

Normal de 1-5 por campo de 400x
Hematúria: > 5/400x
Causas de hematúria:
            ▫Inflamação/hemorragia do trato urogenital (piometra)
            ▫Traumas (ruptura da bexiga)
            ▫Urólitos
            ▫Congestão passiva ou infarto renal
            ▫Parasitos (Dioctophyma renale, Stephanurus sp)
            ▫Problemas hemostáticos (ex: trombocitopenia)
            ▫Estro e pós parto (transitória)
             ▫Neoplasias (rompimento de vasos)

 Leucócitos:

-         Piócitos: leucócitos degenerados
-         Normal: 1 a 2/400x
-         Leucocitúria (piúria): > 5/400x
-         pH alcalino: formação de grumos (ex: cistite)
-         Causas:
            ▫Inflamações renais
            ▫Inflamações do trato urinário inferior
             ▫Inflamações do trato genital

 Cilindros:

-         Estrutura formada exclusivamente nos túbulos renais, por proteinúria de origem renal
-         Constituídos de proteínas e mucoproteínas
-         Formação tubular; o pH ácido faz as proteínas coagularem
-         Densidade baixa e pH alcalino não permitem a formação de cilindros
-         Classificação:
            a)Hialinos: formados por proteínas. Causados por febre e congestão, proteinúria, doença renal (fase inicial)
            b)Hemáticos: formados por proteínas e hemácias. Causados por hemorragia glomerular e/ou tubular
            c)Leucocitários: formados por proteínas e leucócitos. Associados a inflamações no trato urinário (principalmente rim)
            d) Epiteliais: formados por proteínas e células epiteliais. Associados a inflamações renais, com aumento da descamação
            e)Granulosos: formados por proteínas e células degeneradas. Indicam degeneração e necrose das células tubulares


            f)Céreos: formados por proteínas e células com degeneração gordurosa. Indicam lesão tubular crônica

            g)Gordurosos: formado por proteínas e gotículas de gordura. Causados por degeneração, metabolismo alterado, lipidúria. Diferenciar da contaminação por óleos (ex:lubrificantes)
            h)Mistos: podem conter vários materiais
Obs: Animais com bilirrubinúria apresentam estruturas da urina impregnadas por bilirrubina
  
Espermatozóides:

-         Presença normal em cães
-         Em bovinos indicam distúrbios reprodutivos (uroespermia) 

Muco (filamentos mucóides):

-         Normal: pequenas quantidades
-         Equinos e lagomorfos: possuem maior quantidade, tornando a urina mais viscosa
-         Em qualquer outra espécie o aumento da excreção de muco pela urina indica processo inflamatório

Bactérias:

-         Normal: pequena quantidade (depende do método de coleta)
-         Falsa bacteriúria: contaminação, tempo de espera prolongado
-         Grande quantidade de bactérias em urina fresca indica infecção bacteriana (piúria, hematúria, proteinúria)

Cristais:

-         São produtos finais da alimentação
-         O tipo depende do pH urinário 
- pH acido   
  • Urato amorfo
  • Oxalato de cálcio
  • Ácido urico 
  • Cistina
- pH alcalino
  • Fosfato triplo (estruvita)

  • Fosfato amorfo
  • Carbonato de cálcio
  • Urato de amônio
Outros: 
  • Bilirrubina

  • Sulfa
Outros:
-         Fungos e leveduras (Candida sp)
-         Ovos de parasitas (Stephanurus em suínos e Dioctophyma renale)